May 6, 2012

De volta ao trabalho!

Já não estou desempregada e estou feliz por isso. Mas estou especialmente grata porque encontrei uma oportunidade de trabalho com crianças muito pequenas, e a meu ver são as creches as instituições que em Portugal mais precisam de uma revolução ao nível da pedagogia, e tenho esta opinião em função da minha experiência e da informação que as minhas colegas educadoras vão partilhando comigo. Encontrei um lugar onde as pessoas se entregam às crianças, às rotinas e às relações com elevado profissionalismo, mas especialmente com muito amor, há colaboração com os pais, há respeito entre colegas e isso deixa-me muito feliz! Sei que vou crescer muito neste lugar e sei que posso contribuir também para o bem-estar destes meninos e meninas. Hoje é domingo e desde manhã que estou a fervilhar com ideias, actividades e  projectos para desenvolver neste lugar, vou partilhando :)

Feb 23, 2012

Comprei o livro desta autora ainda durante a licenciatura, fez muito sentido para mim na altura e continua a fazer...

AS CRIANÇAS APRENDEM O QUE VIVEM

“Se as crianças vivem com críticas, aprendem a condenar.
Se as crianças vivem com hostilidade, aprendem a ser agressivas.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser apreensivas.
Se as crianças vivem com pena, aprendem a sentir pena de si próprias.
Se as crianças vivem com o ridículo, aprendem a ser tímidas.
Se as crianças vivem com inveja, aprendem a ser invejosas.
Se as crianças vivem com vergonha, aprendem a sentir-se culpadas.
Se as crianças vivem com encorajamento, aprendem a ser confiantes.
Se as crianças vivem com tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se as crianças vivem com elogios, aprendem a apreciar.
Se as crianças vivem com aceitação, aprendem a amar.
Se as crianças vivem com aprovação, aprendem a gostar de si próprias.
Se as crianças vivem com reconhecimento, aprendem que é bom ter um objectivo.
Se as crianças vivem com partilha, aprendem a ser generosas.
Se as crianças vivem com honestidade, aprendem a ser verdadeiras.
Se as crianças vivem com justiça, aprendem a ser justas.
Se as crianças vivem com amabilidade e consideração, aprendem o que é respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a confiar em si próprias e naqueles que as rodeiam.
Se as crianças vivem com amizade, aprendem que o mundo é um lugar bom para se viver.”

Dorothy Law Nolte in As Crianças Aprendem O Que Vivem: Como Incutir Valores Aos Seus Filhos

Feb 22, 2012


Momentos inesquecíveis com os meus queridos bebés...
Princípios Educativos em Creche, defendidos pela Drª Gabriela Portugal - Universidade de Aveiro

Princípio 1- Envolver as crianças nas coisas que lhes dizem respeito.

Princípio 2- Investir em tempos de qualidade procurando-se estar completamente disponível para as crianças.

Princípio 3- Aprender a não subestimar as formas de comunicação únicas de cada criança e ensinar-lhe as suas

Princípio 4- Investir tempo e energia para construir uma pessoa “total”

Princípio 5- Respeitar as crianças enquanto pessoas de valor e ajudá-las a reconhecer e a lidar com os seus sentimentos

Princípio 6- Ser verdadeiro nos nossos sentimentos relativamente às crianças

Princípio 7- Modelar os comportamentos que se pretende ensinar

Princípio 8- Reconhecer os problemas como oportunidades de aprendizagem e deixar as crianças tentarem resolver as suas próprias dificuldades

Principio 9- Construir segurança ensinando a confiança

Princípio 10- Procurar promover a qualidade do desenvolvimento em cada fase etária, mas não apressar a criança para atingir determinados níveis desenvolvimentais

Acredito muito na potencialidade destes princípios, se forem colocados em prática na intervenção com crianças até aos 3 anos de idade. O currículo para esta faixa etária tem de assegurar uma transição suave entre a casa e a creche, incorporar experiências familiares, uma atitude sensível e calorosa por parte dos adultos. Julgo que paralelamente à liberdade para explorar utilizando todos os sentidos e às oportunidades para interagir com as restantes crianças, os bebés e as crianças muito pequenas necessitam de adultos em quem possam confiar, que estejam atentos às necessidades físicas e psicológicas, mas sobretudo que vejam todos os momentos do quotidiano como oportunidades de aprendizagem, inclusivamente os momentos de rotina que tendem a ser desvalorizados. Por exemplo, o processo de muda da fralda acontece repetidamente durante o dia... e cabe aos adultos impedir que se torne num acto mecânico, mudar a fralda a uma criança é uma excelente oportunidade para estar com a criança individualmente, comunicar com ela e transformar todos os momentos, em momentos educativos.



Educar desde o berço, um acto de amor

Quando trabalhei em berçário, senti as enormes expectativas dos pais dos bebés (especialmente aqueles que o eram pela primeira vez) relativamente ao meu papel na dinamização de ACTIVIDADES. Também senti o desespero das colegas auxiliares por verem na minha chegada, a solução para a falta de brinquedos de que se queixavam há muito, à direcção da instituição... Este vídeo elucida muita bem as palavras que tive para com os pais e colegas auxiliares, disse-lhes que as actividades e os brinquedos são importantes e necessários à estimulação dos bebés, mas o mais importante é o tesouro que está em cada um de nós, a capacidade de entrega, a disponibilidade interior, a sensibilidade com que olhamos, tocamos, ouvimos, respondemos e construímos relações de qualidade com cada uma das crianças.

Jan 10, 2012

"Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças"

Fernando Pessoa